5º Dia
O dia começava tranqüilo. Acordei cedo, antes mesmo do toque da sirene, às 6:00 hs. Fiquei um pouco deitado ainda, esperando pelo café da manhã. Depois de meia hora fui para o refeitório. O café da manhã era bem simples, mas havia a vantagem de ser de graça. Apesar disso comi bem, embora tivesse que tomar leite quente (detesto). Enquanto comia aproveitei prá escrever e mostrar as fotos de outras aventuras.
Os soldados do corpo de bombeiros são muito bem preparados. A maioria pratica esportes, havia muitos bikers, nadadores e corredores.
Após me despedir dos amigos que fiz durante esta minha breve estadia, “levantei voo” com destino à Santa Cruz.
Sai às 9:20 hs da manhã animado porém mal sabia que iria passar o pior dia da viagem até agora. O trecho à ser percorrido era difícil, com muitas subidas (aliás, prá quem pedala parece que só existem subidas !) fazendo com que a média de velocidade caisse para 13,9 km/h (a pior desde o início da viagem).
Eu havia parado um pouco para tomar um banho de cachoeira e acabei lanchando uns biscoitos e tomando leite, conclusão, cheguei em Mangaratiba sem fome. Mesmo assim, parei para descansar por uma hora. Fui até a praia de deitei um pouco para esticar as pernas. Estava gostoso, não havia sol e batia uma brisa bem de leve. Além disso Mangaratiba tem muita mulher bonita. Vi uma dúzia delas em menos de uma hora. Pena que a máquina fotográfica estava quebrada.
Sai de lá às 14:00 hs. Eu iria começar a passar sufoco. No km 72 havia uma enorme cachoeira à beira da estrada, não resisti e fui tomar um belo banho. Estava com as energias repostas, no entanto, ao subir na bike...fsssss ! Lá se foi o pneu traseiro ! Tirei toda a bagagem para poder trocar a câmara, assim feito fui tentar encher o pneu e pude constatar que minha bomba era uma “bomba” mesmo. Simplesmente a desgraçada não enchia. Empurrei a bike por uns 2 km até uma vilazinha onde consegui uma bomba emprestada com o Luiz. Então pude verificar que a bomba dele também era uma “bomba”. Voltei a empurrar a bike por mais alguns kms e cheguei à um condominio fechado, falei com o segurança e este me sugeriu que eu procurasse o “seo” Orlando, ai sim consegui finalmente encher um pouco o pneu (apenas o suficiente para chegar à Muriqui) uma localidade onde havia postos de gasolina onde poderia calibrar o danadinho. Ao chegar no posto à beira da estrada uma decepção, não havia calibrador, tive então que entrar na cidade e voltar um bom pedaço até outro posto. Lá chegando tive que implorar para encher o pneu pois a dona do posto não permitia esse tipo de serviço. Sai voando de Muriqui, pois sabia que tinha que recuperar o tempo perdido. Na saída, uma puta subida feita na marcha mais leve e bufando. Mas como após uma subida tem que haver uma descida ... lá estava ela. Começei a descer a ladeira pedalando com força prá ganhar mais velocidade. Quando começei à embalar..fsssss ! Não acreditei, outra vez ? Sim, era verdade, o pneu outra vez. Decidi não trocar a câmara outra vez pois possivelmente ela iria furar no mesmo local.
Peguei uma carona com o “seo” Edivaldo que seguia com sua esposa Marinéia até Itaguaí. Ele deu uma parada em Coroa Grande onde foi presenciar a saída da procissão da padroeira, cuja comemoraçãodava-se naquele dia (um festão). O “seo” Edivaldo me deixou no centro de Itaguaí. Fiz um lanche ali mesmo e fui rapidinho procurar “asilo”. Foi difícil, nem bombeiros, nem quartel, lugar nenhum. Tive que morrer com R$ 10,00 no Hotel Turismo onde fui muito bem atendido. O gerente me deu até dois sandubas de queijo e um copo de refrigerante que sobraram de uma convenção que havia ocorrido no local. (muita gentileza !).
Depois de tomar um banho, troquei de roupa e fui até o centro procurar um telefone. Estava morrendo de saudades da Sthefanie ! Conversamos um pouco, matamos um pouco a saudade, logo depois voltei ao hotel e fui dormir. (Boa noite).
Ficha Técnica
Velocidade média: 13,90 km/h
Velocidade máxima: 56,00 km/h
Percurso total: 83,56 km/h
Tempo de percurso: 6:00 hs
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