24º Dia
Acordei antes das 6:00 hs, porém bem disposto, afinal havia dormido com o som do mar me embalando. Verifiquei que havia dormido sozinho pois o Raimundo “amarelou” com medo das muriçocas e foi dormir na sala.
Procurei pela padaria e comprei 4 pães de leite (uma delicia) e voltei para casa afim de tomar meu café. Escrevi um pouco à beira da praia, onde fui conhecer bem de perto as belezas que vira na noite anterior.
Eu pensava em sair bem cedo, mas acabei esperando a Neide chegar para tirarmos uma foto . Enquanto isso resolvi aproveitar para lavar o tenis e a minha camisa que estavam imundos (dias na estrada né !). Acabei saindo com a roupa molhada mesmo. Bati duas fotos, uma com a Neide e o Raimundo http://www.orkut.com.br/Main#AlbumZoom?uid=10932769780593617800&pid=1254052023915&aid=1253979376$pid=1254050082860 e outra sozinho na praia http://www.orkut.com.br/Main#AlbumZoom?uid=10932769780593617800&pid=1254052023915&aid=1253979376$pid=1254050089567 . Me despedi e fui embora afinal já eram quase 10:00 hs e ainda ia me despedir da Gorete.
A estrada por aqui continuava aquela maravilha. O único porém é que há muitas subidas e descidas, um saco !. À esta altura a transmissão da bike já estava completamente detonada, dificultando muito a viagem. Quando pegava descidas, ou mesmo algum trecho plano, eu não tinha as duas marchas mais pesadas e nas subidas a corrente pulava direto. Por tudo isso a média de velocidade caiu muito (18,10 Km/h)
Mesmo assim fui vencendo os kms que me separavam do final do desafio. A estrada a esta altura estava completamente deserta. Posto de gasolina somente em Conde à 93 Km, segundo uma placa indicativa. O ponto favorável do dia foi que o sol de vez em quando “deu um tempo”. Após uns 50 Km percorridos eu teria que sair da estrada em direção à Palame e Baixio para almoçar, porém, acabei comendo uns sanduiches pois não encontrei almoço.
Depois de algum descanso fui-me embora, disposto a chegar à divisa do estado. Conde ficava à apenas 45 km e ao chegar lá eu não completaria os 100 km diários. Eu queria mais, e o tempo nublado ajudaria a uma esticada por mais alguns kms. Depois de completar a média, fui procurando um lugar para me “encostar” pois já estava escurecendo e até havia ameaça de chuva (será ?). Não achei nada e foi aí que resolvi aventurar um pouco. Eu iria até a divisa, distante uns 38 Km segundo a placa indicativa. Teria que pedalar umas duas horas noite adentro. Foi demais, a estrada muito boa facilitou muito, a chuva me pegou no caminho, mas eu estava adorando. Cheguei à divisa às 20:30 hs tirei uma foto da bike junto à placa e fui até um restaurante um pouco adiante. Pedi informações à uma senhora de nome Eliane. Precisava de um lugar para dormir, mas ali não conseguiria. Teria que seguir mais à frente, uns 6 Km chegando à Indiaroba. Antes porém a dona Eliane, que era dona do Restaurante Tropicaliente, muito simpática me ofereceu um prato de arroz e um pirão de peixe com pitú (uma delicia). Aliás, quando você passar por aqui não deixe de conhecer a dona Eliane e o seu Tropicaliente, fica bem na divisa, com certeza você não vai se arrepender.
Segui à frente despreocupado pois afinal eram só mais 6 Km até meu destino. O que eu não esperava é que a estrada fosse se modificar tanto. Ao entrar em Sergipe termina a Linha Verde, e aí ... vixi maria! Eram só buracos, sem acostamento e sem sinalização nenhuma. Eu cheguei a pensar que havia pego uma estrada secundária por engano. Parei numa casinha para me informar e para minha surpresa aquela era a “rodovia” até Aracajú. E para acabar de f... começou a chover de novo. Finalmente cheguei à Indiaroba, às 21:10 hs e em meio à festa do Divino Espirito Santo, padroeiro da cidade http://www.orkut.com.br/Main#AlbumZoom?uid=10932769780593617800&pid=1254052023915&aid=1253979376$pid=1254050096378 . Não foi difícil achar hospedagem. Logo me apresentaram o Negão, uma espécie de organizador da festa e muito importante na cidade. Ele prontamente me atendeu, pediu-me apenas para aguardar um pouco, pois ele iria comandar uma espécie de leilão, tradicional na festa. Os fiéis doam qualquer coisa que mais tarde será leiloada em frente à igreja. Côcos, galinhas vivas, farinha e até um saquinho de castanhas (vale tudo). Durante o leilão voltou à chover e tive que procurar abrigo (sempre acompanhado dos curiosos). Após a festa o Negão me procurou e fomos ao hotel, porém não havia vaga por causa da festa. Ele me levou então à uma pequena pousada, pagou uma refeição e logo depois nos despedimos. Fui direto dormir, havia pouco à fazer e já era muito tarde para mim (22:30 hs !)
Ficha Técnica
Velocidade média: 18,00 km/h
Velocidade máxima: 58.70 km/h
Percurso total: 138,71 km/h
Tempo de percurso: 8:10 hs
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