3º Dia
Em consequencia do problema com o alforge não pude mais uma vez sair cedo como pretendia. Tive que esperar até as 10:00 hs para pegar o alforge que havia deixado com a costureira para o conserto.
Depois, foi o tempo de arrumar a bagagem e cair fora. Nesse meio tempo aproveitei para fazer uma pizza com o material que sobrou da noite anterior.
Acabei levando a pizza prá consumir durante a viagem juntamente com uma banana, o leite que sobrou e um pacote de bolacha. Foi o que consumi durante o dia, junto com muita água (é claro).
As 11:15 hs reiniciei a viagem, chovia muito porém eu não podia esperar já que a tarde eu pretendia pedalar os 100 Kms previstos.
O percurso foi mais ou menos igual ao do dia anterior, algumas subidas difíceis, a diferença foi a chuva intermitente que vinha acompanhada de muito vento (contra, é lógico).
Foi difícil vencer esse percurso devido ao vento, à chuva e aos pneus que insistiam em esvaziar. A cada parada em postos para calibragem eles acusavam 10 libras abaixo do normal. Havia trechos sem postos no caminho fazendo com que eu fosse obrigado a pedalar um bom tempo com os pneus vazios. Os pneus do tipo Slick tem uma grande aderencia em curvas, mas acho que prendem demais a bike. Pensei sériamente em substiui-los pelos originais.
Por causa da chuva continua o computador, apesar de ser à prova d'água, não era à prova de muita água e acabou amarelando.
O velocimetro ficou doidão marcando até 70 km/h na subida (imaginem só que beleza). Depois verifiquei que outras funções também haviam sido afetadas. Devido à este problema não pude marcar a distancia percorrida nesse trecho, bem como a média horária, tempo de viagem e velocidade máxima. Seguia viagem baseado nas informações colhidas com locais. Por causa de informações erradas acabei pedalando o trecho mais dificil da viagem (pelo menos até agora).
Acabei entrando pela noite adentro num trecho de serra e com chuva (adrenalina total). Após uma longa e interminável subida ouvi o som de uma cachoeira à esquerda da estrada. Resolvi me aproximar e verifiquei que havia um pequeno barzinho. Ali era o ponto final do onibus que faz a ligação com Ubatuba. Fui informado que Parati ainda estava à 26 km de distancia, havia mais 1 km de subida e depois um descidão até a localidade de Patrimônio onde havia uma pousada. Fiquei feliz em saber que dali prá frente era só descer. O que eu não esperava era encontrar a estrada completamente detonada pela chuva. Havia trechos sem asfalto e com muita pedra solta e barro que rolava da encosta. Eu ia descendo sem enxergar praticamente nada, me guiando apenas pela faixa central da pista, e foi aí que eu dancei. Ao chegar quase no final da descida me empolguei um pouco e de repente me senti como um pássaro voando livremente (sem asas) sobre a bike que havia ficado cravada num enorme monte de barro que deslizara até o centro da pista. Para minha “sorte” o deslizamento era grande e eu pude pousar suavemente no barro molhado.
1 km à frente, quase chegando em Patrimônio, fui pedir informações em uma casinha a beira da estrada e para minha sorte acabei conseguindo pousda de graça. Ali mesmo havia na casa um grupo de rapazes de Ubatuba. Três deles são irmãos, Otoniel, Fábio e Elienai além do Igor. Eu estava cansado e cheio de barro. Fui logo tomar um banho e trocar de roupa. Após um bate-papo em que ficamos trocando informações ao som de um violão muito legal, fui me deitar às 21:00 hs dormindo até as 7:00 hs da manhã do dia seguinte.
Foi muito legal conhecer essa galera já que uma das intenções dessa viagme é justamente conhecer gente nova.
Hoje não tem ficha técnica.
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